Na zona morta
Onde reside o limbo
Há um corredor com cem mil portas
E cada porta mostra cem mil escadas
Que levam para cem mil nadas
Isto não é um lugar, mas um tempo
É a hora do não saber
De querer não querer ter
E ter o não querer
E questionar o brilho da lua
E aborrecer-se com o pôr-do-sol
Tornar a gentileza nua
E temer ser o brilhante falso
E tudo um grande engodo
E o sentido ser a eterna busca
E ser toda a natureza humana
Um grande desvario
E toda razão fonte de insatisfação
E na verdade o prêmio ser a busca dele
E assim seríamos eternos vagamundos
Andarilhos sorridentes, tais fantoches do ego
Mas há de existir
Nessa balburdia, um raio justiceiro
Que mostre de uma vez
Ser o brilhante verdadeiro
E então a eterna busca
Encontre um consenso
E a estrela mais linda
Terá seu brilho mais intenso!
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