Eivado de todo tédio e vício
Assisto a vida escorrendo-me
Na anacrônica ampulheta (...) do desperdício!
E enfadado, como só os deuses podem ser
Suspiro, blasé, feito um cronos-proxeneta
Omissamente cúmplice (...) de minha ampulheta!
Posso sentir deslizando indolente
O sangue grosso, rubro e quente
Que me percorre, como lânguida serpente!
Agradeço à harpa, à cítara e ao vinho que inebria
Por me guiarem nessa esfera de luxo e letargia
Em que voluptuosamente (...) me consumo!
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